segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Nossas florestas viraram Parques Nacionais e Unidades de Conservação

Se avaliarmos o que restou de floresta no Brasil com excessão da Amazônia é possível concluir que o que sobrou após décadas de devastação são Parques Nacionais e Unidades de Conservação, isso sem falar nos corredores ecológicos, todos pensados para preservar os ecossistemas que sobraram. A ideia é muito simples, hectares de florestas são cercadas e a partir desse momento as entradas são controladas por seguranças e horários, limitando-se também os trabalhos que são feitos ali por pessoas não ligadas as unidades. Muitos parques nacionais estão localizados nas serras e chapadas, relevo de altitude considerável e que guardam muitas nascentes de rios, espécies animais e vegetais formando os ecossistemas locais.

A transformação das florestas e unidades de conservação preservou o que restou da Mata Atlântica ao longo da costa brasileira e da Floresta de Araucária no sul do país, florestas destruídas durante séculos pelo interesse madeireiro e hoje limitadas a menos de 10% do espaço original. A mesma prática vem sendo feita no Cerrado brasileiro, onde além dos parques instalados e unidades de preservação, temos também fazendas gigantescas constituídas por áreas de florestas, mas não no intuito de preservar e sim de destruir em função da plantação e industrialização de matérias-primas que servem às agroindústrias. Além de incontáveis unidades de conservação, há cerca de 55 parques como os Parques Nacionais do Iguaçu, da Chapada dos Veadeiros, da Chapada Diamantina, Parque da Tijuca, da Serra da Cantareira, da Serra da Bodoquena, entre outros.

Infelizmente nossas florestas estão fadadas a isso e debaixo de políticas governamentais errôneas, pois não há fiscalização no combate ao desmatamento e ocupação ilegal. Os órgãos legais esperam de mãos atadas a destruição para então colocar em prática a construção de parques. E só para lembrar, as florestas que são nosso bem maior e eram patrimônios públicos, agora além de encontradas em parques e reservas, tiveram os seus serviços internos administrados por empresas privadas. A boa notícia: ao menos ainda teremos chances de apreciar matas nativas nas reservas; a má notícia: a maior floresta tropical do mundo, a Amazônia, parece estar na mesma rota de destruição.
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